"De hoje eu só espero o amanhã"


Olá meus amores, que saudades de vocês.  Tio Vitor estava coçando os dedos para voltar aqui para o Blog. E voltamos cheios de novidades... Espere só para ver. 
Como faz tempo que não escrevo, elaborei um texto para vocês. Espero que gostem.
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Eu não sei mais o que fazer, tenho me indagado concepções absurdas de nostalgias complexas de muito ódio e de dor. Dor, esta é palavra certa,  é o que sinto, é o que luto para não ter mas tenho. É como se todo o esforço fosse em vão. São demasiados pontos de interrogações que me sufocam ao anoitecer. Descobri que as estrelas dançam quando a insônia te toca com um forte apunhalar de pensamentos tenebrosos de seu passado nada conceitual e produtivo. Apenas lembranças, são apenas elas. Eu estou quase desistindo, é única coisa que tenho pensado, e não me engrandeço nem sinto orgulho por isso. Eu achei mesmo que estava superando, pensava que você não era  nada além de uma lembrança empoeirada na estante de minhas memórias. Já cheguei a pensar que talvez você tivesse razão sobre a última coisa que me disse: que eu nunca amei você. Mas não… Você não estava com a razão. Eu te amei até deixar de amar e, só porque uma coisa não está mais lá, não quer dizer que ela nunca existiu. Nada é eterno, tampouco infinito. Nem mesmo o universo.
Eu acreditei que quando começasse a te escrever, o resultado seria um jorro de mágoas ou rancor, mas agora percebo que me enganei. Ao que me parece, quando parei de nutrir os sentimentos ruins em relação a você, eles desistiram de mim e foram procurar outra pessoa que os alimentasse. Mas minhas dúvidas são o porque que ainda sofro? Sinto um líquido escorrer dentre meus piores suores asperos. Tento pensar no pior, e não consigo conclusões além de você. Mas eu sinto que estou ficando bem, uma bipolaridade não por opção. Não desejo o seu mal; mas também não desejo o seu bem. Não te desejo nada. Será que isso me torna alguém ruim? Demorei muito tempo para conseguir uma resposta para essa pergunta, que só veio quando eu vi quando uma borboleta pousar no muro. Me dei conta de que eu não desejei a morte dela, entretanto não desejei que ela tivesse uma vida longa e feliz (pelo ponto de vista de uma borboleta, já que não sei o que elas consideram uma vida longa e feliz). Eu sou apenas indiferente e, apesar de acreditar que a indiferença possa ser um traço negativo em muitos casos, este não é um deles. As nossas músicas não são mais as nossas músicas. Minha memória pode ser péssima às vezes, mas eu sentia orgulho por saber o seu número de cor. Hoje, se alguém me perguntar qual é o número do meu RG, eu não vou lembrar. Se me perguntarem quais os últimos dígitos do seu telefone, também não.
As pessoas estão certas quando dizem que a vida é sobre saber seguir em frente e é o que venho fazendo. Cada vez que eu olho para trás, você está sempre um pouco mais distante.
Me lembro de quando você me pediu para não te odiar. Pois saiba que não te odeio. Isso seria sentir muito por alguém que, hoje, é pouco.


 Beijos, e até a próxima. :)

Um comentário:

  1. adorei o texto...vc tem talento...continue sempre com suas inspirações

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